quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

05 coisas que você nunca deve dizer em uma negociação

Todo executivo passa algum tempo barganhando, seja com clientes, fornecedores, investidores ou funcionários. Muitos empresários parecem ter, naturalmente, um bom desempenho em uma negociação. Provavelmente, você tem um truque ou dois e algumas frases mágicas que costumam ajudar nessas horas. Só que ninguém é infalível. As coisas podem dar errado quando acontece um descuido. As dicas abaixo ajudam a manter em mente o que nunca pode ser dito para garantir o melhor negócio, com as melhores condições.

1. A palavra “entre” – Muitas vezes parece razoável estabelecer uma possibilidade de escolha. Com um cliente, isso pode significar dizer "eu posso fazer isso por um preço entre R$ 10 mil e R$ 15mil". Em uma potencial contratação, você pode se sentir tentado a dizer: "Você pode começar entre 1 de fevereiro e 15 de fevereiro". Mas esta expressão "e o estabelecimento de que é possível fazer uma escolha" tende a ser o equivalente a uma concessão. E qualquer negociador inteligente com o qual você esteja lidando vai rapidamente escolher o preço mais barato ou o prazo mais distante. Em outras palavras, você automaticamente fez uma concessão sem ganhar nada em troca.

2. "Acho que estamos quase lá"Todos já passamos por isso: aquele momento em que se quer tanto fechar um negócio, que acabamos sinalizando ao interlocutor – o equivalente a dizer “estou pronto, vamos seguir em frente”. O problema de chegar a esta encruzilhada e anunciar que está lá é que você indicou que o valor de chegar a um acordo é maior do que alcançar o que realmente deseja. Um negociador hábil do outro lado da mesa pode muito bem usar este momento como uma oportunidade para negociar mais concessões. A menos que você consiga encarar a pressão do tempo, você não deve ser o primeiro a apontar que o relógio está girando. Crie você uma situação na qual o interlocutor com quem esteja negociando fique ansioso para finalizar a negociação. Ou, pelo menos, mais ansioso do que você.

3. "Por que você não me dá um número?" – Muitos acreditam que você nunca deve ser o primeiro em uma negociação a citar um preço. Deixe o outro lado iniciar a licitação, dizem os pensadores, e mais hora menos hora ele será forçado a mostrar sua carta na manga, o que dará uma vantagem a você. Entretanto, pesquisas indicam que o resultado de uma negociação fica muitas vezes mais perto da primeira proposta feita do que o número que a outra parte tinha em mente. Logo, o primeiro número proferido em uma negociação (contanto que não seja ridículo) tem o efeito de “ancorar a conversa.” E, por isso, seu papel na negociação pode ser importante. No livro "Negociação", os autores Adam D. Galinsky da Northwestern Kellogg School of Management e Roderick I. Swaab afirmam: "Descobrimos que o resultado final de uma negociação é afetado pelo fato de o comprador ou o vendedor fazer a primeira oferta. Quando um vendedor faz a primeira oferta, o preço final tende a ser maior do que quando o comprador faz a primeira oferta." Aprendeu?

4. "A decisão final é minha"No início das negociações, alguém normalmente pergunta: "Quem são as pessoas mais importantes do seu lado? Todos nesta sala estão envolvidos na decisão?" Para a maioria dos executivos, a resposta, claro, é sim. No entanto, principalmente nas negociações com organizações maiores, esta pode ser uma armadilha. Você deve estabelecer logo no início da conversa que existe uma autoridade superior, a quem deve consultar antes de bater o martelo. No caso do presidente de uma empresa, esta instância maior pode ser um investidor-chave, um parceiro ou os membros de seu conselho de administração. O ponto é, mesmo quando a decisão é apenas sua, você não quer que os negociadores saibam que você é o responsável pela decisão final. Caso fique “encurralado” na negociação, esta é uma boa desculpa para conseguir um prazo antes de dar sua resposta final. Especialmente em um negócio de alto risco, um prazo de 24 horas para pensar nos termos do negócio pode ser uma (enorme) vantagem estratégica.

5. "Vá se" - Os negociadores mais experientes não levam nada para o lado pessoal. Eles são imunes a críticas, elogios rasgados e a quaisquer tentativas de provocar um abalo emocional. Como eles parecem impassíveis a todas as situações e pouco impressionados com riscos, eles assumem uma postura que pode deixar os menos experientes irritados. Esta pode ser uma arma eficaz quando se o interlocutor é dono de sua própria empresa ou tende a levar os aspectos de seus negócios de forma muito pessoal. Sempre que negociar, lembre-se que vale a pena manter a calma, nunca demonstrar que uma contra-oferta absurdamente baixa é irritante e que essa tática o deixou perturbado. Use da mesma frieza para enervar seu interlocutor. E se isso causar raiva ou irritação, não use essa vantagem competitiva para atacar. Você pegou para si a vantagem emocional na situação. Agora vá fechar o negócio. (Época)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Índia rural pode ser mercado de testes para par de tênis de US$ 1

Fonte: BBC
Depois de servir de mercado de testes para carros e tablets a preços baixos, a Índia pode agora receber um dos pares de tênis de marca mais baratos do mundo. A empresa Adidas está desenvolvendo um tênis da marca Reebok para ser vendido em breve na área rural indiana, por um preço que pode chegar a US$ 1.

Em muitas partes do mundo, um típico par de tênis Reebok geralmente custa entre US$ 50 e US$ 100. Como então pode ser que um par custe 1% disso na Índia? O produto é planejado há anos. Em 2008, o executivo-chefe da Adidas, Herbert Hainer, iniciou conversas com o respeitado economista bengalês Muhammad Yunus para prover tênis de baixo custo em Bangladesh. A ideia era criar um "negócio social" que estimulasse a economia local.

Isso levou a um projeto-piloto no ano passado, em que a Adidas vendeu 5 mil pares de Reebok em três vilas bengalesas, pelo equivalente a US$ 1,14 e US$ 1,70. A fase seguinte do plano está sendo idealizada no momento, aparentemente para desenvolver tênis em larga escala em áreas rurais indianas, a um preço acessível aos moradores locais. O objetivo do projeto, diz a empresa, não é maximizar os lucros, mas "enfrentar problemas sociais" por meio da criação de empregos.  Hainer disse a um jornal alemão que o tênis de US$ 1 segue sendo o objetivo principal do projeto, mas a assessoria de imprensa da Adidas ressaltou nesta semana que o preço final viável ainda não foi determinado.

Dá lucro?
"O tênis será vendido em aldeias por uma rede de distribuição", disse Hainer. "Queremos que o produto seja autossustentável." Ele agregou que, ao contrário do projeto em Bangladesh - onde cada par de tênis tinha custo de produção de US$ 3, mais US$ 3,50 de custo de importação, sendo vendido a um prejuízo de cerca de US$ 5 -, os custos na Índia serão muito mais baixos, porque seriam produzidos em massa e localmente.

O sucesso do negócio dependeria de um alto volume de vendas e de margens de lucro bastante estreitas, do uso de mão de obra e materiais locais - e mesmo assim não haveria garantia de lucro. Mas, além do apelo de marketing e social, o projeto permitiria o estabelecimento da marca em um mercado extenso. Para explorar um mercado de consumo tão grande quanto o indiano, as empresas precisam adotar um esquema de grandes quantidades e baixos custos, diz a consultora de mercado Rama Bijapurkar.  "Dois terços da Índia ainda têm rendas muito modestas. Se você for esperar essas rendas subirem a níveis a que as pessoas possam comprar um tênis Adidas (a preços tradicionais), vai ter que esperar muito", agregou. "O desafio das multinacionais é como fazer produtos que as pessoas possam comprar a custos que ainda lhes deem lucros."

Descalços ou de sandálias

Ainda não foi definida uma data para o lançamento do projeto indiano, e o design do tênis ainda está em desenvolvimento. Em geral, moradores da Índia rural usam sandálias, sapatos produzidos localmente ou andam descalços, diz Bijapurkar. Sendo assim, tênis baratos e duráveis representariam uma melhoria de vida.

Mas não espere que o tênis de US$ 1 seja igual ao tênis de US$ 100 vendido em Nova York, diz ela. O par mais barato provavelmente será bom o suficiente para cumprir sua função na Índia - ajudar nas caminhadas dos moradores rurais -, mas não para corridas de alta performance. O modelo de varejo da Adidas na Índia é completamente diferente de tudo o que se vê no Ocidente, diz a analista de varejo Maureen Hinton, da empresa de pesquisas Veredict.
"(O tênis de US$ 1) é incrivelmente barato, mas, em um país de 1 bilhão de pessoas, o volume significa que, enquanto você estiver lucrando uma margem pequena (em cada par vendido), essa margem é considerável." Além disso, afirma Hinton, ao operar em uma área rural, a Adidas poderia reduzir seus custos operacionais e de marketing, além de fincar-se "em um mercado que deve crescer". "Ainda não há um mercado de massa para tênis na Índia - o desafio é fazer com que (os indianos) adotem um tipo diferente de calçado, ao mesmo tempo em que (a empresa) se associa a um projeto de responsabilidade social."

Amostras grátis são nova aposta do Grupo Talkability

Brasil Econômico - 25/11/11
Às pessoas ávidas por lançamentos, o Grupo Talkability traz uma novidade: a chance de receber em casa amostras grátis de produtos.
O Amostra Click, que começa a operar em dezembro, é fruto de uma parceria com o fundo Calés Investimentos, e vai proporcionar a experiência de consumo gratuito.

O negócio é simples. No site, o anunciante disponibiliza seus produtos para teste e análise. O consumidor, por sua vez, escolhe até cinco itens que deseja provar.
Em contrapartida, após degustação das amostras, o consumidor deverá descrever sua opinião no próprio site, o que lhe garantirá a possibilidade de escolher mais cinco itens no próximo mês. 

"O anunciante coloca de forma qualificada seus produtos na mão do consumidor e tem feed back", aponta Fernando Figueiredo, presidente do Grupo Talkability, que conta com mais seis empresas especializadas em marketing promocional, entre elas a Bullet.
 

Vale destacar ainda que os produtos disponíveis variam de consumidor para consumidor, pois são baseados em um questionário sociocultural e comportamental respondido no ato do cadastro.

"Dar produto de graça é muito legal, buscamos o formato que a indústria aderiria", disse o executivo, destacando que o negócio facilita o processo de escolha e aquisição de produtos.

Comparado com a distribuição de brindes, os custos das empresas são menores, já que este modelo de negócio dispensa a contratação e treinamento de promotores, além de eliminar a produção de material de apoio e assegurar o aproveitamento de 100% dos produtos.
 

Após experiência de uma loja física com o mesmo propósito - atualmente desativada -, a aposta na modalidade virtual também levou em consideração a abrangência geográfica, conforme explicou Figueiredo.
 

O investimento inicial foi de R$ 1,5 milhão, reservada a participação de 5% ao Calés Investimentos. A expectativa é que o Amostra Click tenha faturamento de R$ 3 milhões e distribua mais de 1 milhão de produtos até o final de 2012.
 

De acordo com Figueiredo, a receita do Amostra Click vem da margem da distribuição, realizada pelo Grupo Talkability. O anunciante paga cerca de R$ 6,00 por produto distribuído.
 

Inicialmente, o serviço será gratuito. "Podemos cobrar ou não do consumidor, dependerá de como negócio vai se desenvolver", considera Figueiredo.

Com os cadastros em andamento, o projeto contabilizava 20 mil consumidores e 10 clientes na primeira quinzena de novembro.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011