domingo, 26 de fevereiro de 2012

Gerenciamento de Steakholders IV

Como envolver stakeholders na Sustentabilidade

O engajamento dos stakeholders é crítico, embora, muitas vezes seja um aspecto ignorado ou sub-priorizado dos esforços de muitas organizações em sustentabilidade. A conferência Sustainability Stakeholder Engagement (SSE) mostrou insights e maneiras práticas de construir relações efetivas com stakeholders, de clientes a empregados e investidores, passando por fornecedores e investidores, ONGs e comunidades. O SSE mostrou considerável atenção à mídia social, um tópico muito importante. O painel sobre engajamento de clientes contou, muito provavelmente, com a maior participação do público.

Eis algumas das lições aprendidas:

Sessões de Visão sobre engajamento de Stakeholders

• Comprometa seus stakeholders o quanto antes, a fim de desenvolver uma estratégia mais palpável e efetiva. Compreender suas perspectivas e questões pode ajudar a moldar uma aproximação mais acertada da sua organização, desde o início do processo.

•A Sustentabilidade se tornou importante para empresas de todos os tamanhos, de acordo com Tim Smith, vice-presidente da Walden Asset Management, que pesquisou small caps em seu portifolio. Elas contam que compreendem a importância, mas não estão exatamente certas de como engajarem-se nisto.

• As empresas precisam de uma peça interna que alinhe os interesses de alta prioridade para os stakeholders às decisões internas do mercado. “Isto é crucial” disse Alex McIntosh, diretor de cidadania corporativa da Nestlé Águas.

• Educação interna sempre leva mais tempo que o engajamento externo. As empresas precisam identificar e priorizar continuamente os stakeholders-chave internos. Mire nos “seguramente importantes” e atire a pergunta: “Como devo construir minha marca?”

• Comprometa-se até mesmo com seus críticos declarados, para tentar descobrir um terreno comum. Eles impactam os consumidores e a percepção da mídia e, é claro, as vendas – positiva ou negativamente.

Mídia Social & Sessões de engajamento em sustentabilidade

Ate mesmo durante as apresentações de mídias sociais, uma quantidade enorme de participantes estavam Twittando ao vivo sobre elas, a partir de seus laptops e PDAs – lugar comum em eventos, atualmente. Outros pontos importantes são:

• As mídias sociais são um meio cada vez mais importante para conquistar a atenção de seus stakeholders de maneira mais veloz. Representantes do EDF, SAP, Sprint, 2 Degrees e Max Gladwell falaram sobre o florescer dessa tecnologia.

• O Twitter é muito útil para fazer conexões e promover todos os meios de comunicação, incluindo material de imprensa corporativa, artigos de mídia, vídeos, fotos, posts de blog corporativos e pod casts executivos, de acordo com Alex Hahn, gerente de comunicação da CSR na Sprint.

• "Se você não está no Twitter, não e capaz de contar a sua versão da história," foi uma das máximas de Hahn, de quem os participantes tweetaram, e que espalhou quase toda a conferência em tweets, por toda parte, na Segunda-feira do Twitter.

•Garanta que há uma equipe interna em número adequado para ajudar a manter o conteúdo renovado e responder aos outros. “Você não pode simplesmente abandonar a conversa, uma vez que tenha começado,” diz Martin Chilcott da 2degrees.

• Seja transparente e autêntico ao usar a mídia social – garanta a “Zona de giro livre” – e os stakeholders vão confiar em você cada vez mais e estarão mais prontos a perdoar erros.

• Esteja preparado para um possível conflito de mensagens.

• Use a mídia social para falar sobre suas ações de sustentabilidade “como se estivesse montando um diário de uma viagem” diz Chilcott, indicando um nível de transparência que faça com que as pessoas se identifiquem.

Compromisso com consumidores

• Os participantes concordaram que os consumidores ficam confusos sobre mensagens de sustentabilidade e que dados básicos são necessários. A pesquisa mostrou que os consumidores acreditam não estar impactando o meio ambiente e a sociedade ao comprar produtos sustentáveis, de acordo com Chet Chaffee, vice-presidente da Scientific Certification Systems (SCS). Isso mostra que há muito trabalho a ser feito em questões de guiar as organizações e educar os consumidores.

• Muitos são céticos com relação às chamadas de sustentabilidade, por causa do greenwashing.

• Houve muita discussão sobre o Índice de Sustentabilidade do Walmart, e Dianne Feinstein propôa uma legislação federal com a emissão de eco-etiquetas tentando explicar as mensagens emitidas. Acredita-se que um índice como o do Walmart poderia significar uma mudança radical para resolver problemas de compreensão dos consumidores.

• Para construir credibilidade e se diferenciar entre a massa verde, coloque sua mensagem num context, conectando sua marca ã ação de impacto mitigador revelado pelo produto oferecido (i.e.: criar um carro energeticamente mais eficiente); também consiga certificação e atestados externos, como auditorias e certificações relevantes e respeitadas. Por exemplo, o certificado SmartWay da EPA conquistou espaço a partir do Walmart, que impôs a certificação a seus fornecedores preferenciais e auxiliou a comercialização.

Identificação Interna, com ONGs e com a Comunidade

• O compromisso dos funcionários é decisivo para o sucesso, e os funcionários precisam ser capacitados. Simplesmente pedir-lhes que participem não é suficiente, facilite suas vidas para que o façam. Há diversas táticas apresentadas por companhias como a Sharp e a Deloitte. Debates sobre incentives incluem dar um dia de férias para um dia de serviço, competições amigáveis entre os escritórios para ver qual seria o “mais verde” e competições nas fábricas, como a Justmeans.

• Feedback transparente e pessoal é necessário, pois um email não é eficiente para comunicar e reconhecer os esforços dos funcionários.

•Tenha foco no desenvolvimento de relações com os stakeholders “hostis”, bem como aqueles que não dão suporte ao seu trabalho. É muito melhor manter um diálogo com os opositores, mesmo que você discorde. Não tente ignorá-los ou subestimar sua credibilidade.

• A Seventh Generation foi citada como exemplo de empresa que acumulou uma boa imagem e isso a ajudou a resolver questões com diversas ONGs antes que essas viessem a público.

• Muitas ONGs comprometem-se com grandes empresas; seu relacionamento não deveria impedir que essas entidades NGOs lidem com questões locais ou regionais envolvendo essas empresas , bem como as questões de âmbito industrial.


Fonte: Agenda Sustentável (www.agendasustentavel.com.br)
HSM Online
20/01/2010

Disponivel em http://hsm.com.br/editorias/como-envolver-stakeholders-na-sustentabilidade

Gerenciamento de Steakholders III

Os meus, os seus, os nossos amados e odiados Stakeholders

por Márcio Lopes - 10/02/2012

Quem já participou ou teve acesso em algum momento a um Planejamento Estratégico vai entender um pouco, quem não, fica na curiosidade para pesquisar e na ansiedade para vir a participar de um momento espetacular para qualquer empresa e carreira executiva. O Planejamento Estratégico vai definir não somente a estratégia e filosofia da empresa, como também uma série de planos de ações e consequentemente da estrutura orçamentária para determinado período.

E o que tenho vivido e participado, em contato com executivos e empresas, é o quanto eles e elas tem negligenciado de forma explícita uma das vertentes mais poderosas e impactantes para a sua sobrevivência, que é a relação com os seus stakeholders. Para aqueles que não sabem, stakeholders são, resumindo e sendo direto, todas aquelas partes que, direta ou indiretamente, podem influenciar na sua estratégia e consequentemente no resultado da sua Organização.

Surgem planos diretores e projetos na área tributária, de marketing, comunicação, recursos humanos, e todas as áreas com impacto financeiro para o negócio. Consultorias e profissionais são contratados para dar conta e gerar um resultado satisfatório e garantir a continuidade e crescimento da Organização. Investimentos e despesas são gerados para a execução dos planos mirabolantes. Mas percebo com muita preocupação e às vezes angústia (minha) o mínimo foco e direcionamento de energia equilibratória voltada para os steakholders daquela Organização. Não existe um equilíbrio. E aprendi há muito tempo atrás com o (meu) mestre Yoda que se existe um desequilíbrio da “força”, todo o sistema corre o risco de ser ameaçado. E esse desequilíbrio é sentido, mas poucos dão o valor real.

Um exemplo gritante e prático é o que passamos no ano de 2001 e voltamos a passar agora em 2012 com a paralisação da Polícia Militar no Estado da Bahia e com possibilidade de expandir para outras federações. De que adianta o Governo ter uma estratégia de captação de empresas, um sistema de marketing, uma planejamento de arrecadação tributária, um blá blá blá de planos? As empresas se estruturarem para aproveitar o momento excepcional do Brasil perante o mundo e não levar em consideração um dos personagens que compõem a relação dos seus steakholders, que no nosso caso é a Polícia Militar.

Passamos a ver Políticos “profissionais” e executivos “políticos” que não se aprofundam nos impactos que as relações podem e devem vir a ter. Ignoram completamente aquilo que acreditam não ser importante na sua área imediata de atuação, delegam (dizem) a terceiros suas responsabilidades, até mesmo porque tem que garantir a sua bonificação anual e não posso perder tempo me preocupando com um assunto que não fui “ensinado” a gostar e entender.

Grandes empreendedores e executivos tinham uma participação política muito grande em um passado não muito distante nas principais economias mundiais. Mas, o fato do resultado rápido e da transferência da responsabilidade está nos custando muito caro. Uma das pernas de sustentação da Organização pode não fazê-la quebrar de imediato, mas vai desestabilizá-la e comprometer o seu equilíbrio.

Sugiro o desenvolvimento de uma nova carreira e profissional, o Gestor de Stakeholders, um profissional muito, mas muito mais importante do que o presidente da sua empresa. Um profissional que tem que ter um perfil acima de tudo servidor e com grande capacidade de negociação, mas com a grande sensibilidade de não correr o risco de “esquecer” de alguém e acabar comprometendo o resultado, não só financeiro, mas de continuidade da Organização.

E no happy hour de hoje, olhe a lua, e perceba que, com um simples boa noite direcionado ao garçom que estiver lhe servindo, pode garantir um atendimento único e especial.

Disponível em http://genteemercado.com.br/os-meus-os-seus-os-nossos-amados-e-odiados-steakholders/

Gerenciamento de Steakholders II

Início Gestão dos stakeholders
Gestão dos stakeholders

Como gerenciar o relacionamento e a comunicação entre a empresa e seus públicos de interesse

Quando se fala em gestão dos stakeholders é importante esclarecer quem são eles e qual sua importância para valer o investimento em tempo e recursos no relacionamento com esse público.

O termo foi criado a partir da palavra stockholder (que em inglês significa acionista), para mostrar que uma empresa deve gerir seus negócios levando em consideração seus vários públicos de interesse (stake, em inglês, significa interesse).

Para isso, é necessário que a organização mapeie esses públicos (colaboradores, clientes, consumidores, etc.) e identifique quais devem ser consultados para cada decisão a ser tomada. Ao conhecer as opiniões de seus stakeholders é possível compreender melhor os problemas da companhia, além disso, eles podem contribuir com ideias e sugestões inovadoras.

Como são muitos os públicos com os quais cada empresa se relaciona, é fundamental criar um plano de engajamento conforme as características de cada um deles.

Após o engajamento é importante que a parte interessada envolvida receba um feedback sobre suas sugestões, mostrando que as ideias dadas foram analisadas.

Por mais complexo que esse processo possa parecer, o investimento sem dúvida traz excelentes resultados, já que a organização engajada com seus públicos consegue atingir, de forma ativa e eficiente, os seus objetivos.

Andrea Goldschmidt é professora do curso de Administração da ESPM.

Portal HSM
13/02/2012
Disponível em http://hsm.com.br/artigos/gestao-dos-stakeholders

Gerenciamento de Steakholders I

Já que a 5ª versão do PMBok traz uma nova área de conhecimento destinada especificamente para os famigerados Steakholders, seguem 02 pequenos artigos sobre o assunto com óticas diferentes.

Enjoy!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Os carangueijos - Trabalho em Grupo

http://youtu.be/HHbrkpHoXho

Mais um da nossa página no YouTube!

Ambev é condenada a pagar R$ 100 mil por humilhar funcionário

Um ex-funcionário da Ambev no Rio Grande do Sul ganhou uma ação de R$ 100 mil por danos morais contra a companhia na qual alegava ter sido submetido a maus tratos e humilhação por não atingir metas de vendas, segundo informações da assessoria de imprensa do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

O vendedor disse que trabalhou na Ambev de março de 2003 a julho de 2007 e era obrigado pelos gerentes a passar por situações vexatórias como usar "fraldão", fazer flexões e passar por um " corredor polonês", quando não atingia as metas. Ele alegou também que os supervisores da empresa usavam palavrões e apelidos pejorativos contra os funcionários. Procurada, a Ambev afirmou que não vai se manifestar sobre a decisão.


"Para nosso blog: Lembrei de nosso amigo Mintzberg e as armadilhas e falácias do planejamento – que tal essa para mostrar que metas são utilizadas para “controlar” executivos....

Rodrigo Navarro"


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Perde-Perde-Perde

Eike Batista, criador e presidente do Grupo X, até agora tem sido um especialista em negociações ganha-ganha. Ele monta empresas e atrai investidores que viabilizam financeiramente o negócio: ganha ele, que é empreendedor, e ganham os investidores que apostam nas suas empresas. É com este exemplo que começo esta coluna falando sobre os quatro resultados comuns das negociações.

O primeiro, como eu já exemplifiquei, é o ganha-ganha. Neste resultado, ganham as duas partes, é bom para todos. Uma negociação ganha-ganha não pode ser confundida com meio-a-meio. Quem tem mais ações das empresas do Grupo X, ganha mais dividendos, normal. Ganha-ganha ,então, significa que todos vão ganhar, pode ser que uns mais e outros menos.

Outros dois resultados são o perde-ganha e o ganha-perde. A diferença de um para o outro é o lado que vocês esta. Este tipo de desfecho gera sentimento ruim e pode vir revanche ou não ter nunca mais negócios. Exceto quando há uma relação de poder de um sobre o outro, mas sobre poder falaremos em outro artigo.

Por fim, o 4º e último resultado comum é o perde-perde, quando ambos saem da negociação piores do que entraram. Uma vez, ministrando um treinamento de negociação, passei um jogo em duplas que era facílimo gerar resultado ganha-ganha. Mas, ao invés disso, tive vários alunos que conseguiram terminar no perde-perde. Mesmo em uma simulação como era o caso, acontece das pessoas se preocuparem mais em prejudicar os outros do que beneficiarem a si mesmo. É a tese do quanto pior melhor. Ás vezes, o perde-perde é inevitável, mas aí paciência.

Não sei se daria para ter uma negociação melhor entre a polícia e o comando do governo da Bahia. O que sei é que nessa negociação, até agora, perdemos todos nós com o caos que Salvador e a Bahia têm vivido nesta semana. Sem segurança nas ruas e policiais paralisando avenidas com ônibus e invadindo prédios públicos, perde o governo, perde a polícia, perde a população. É uma nova modalidade de resultado: o perde-perde-perde.

fonte: http://genteemercado.com.br/perde-perde-perde/